quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Tirando filosofia da poeira

hoje estava eu mui inquietamente buscando afazeres,  decidi retirar poeira de um tipo barzinho que temos em casa...
esses que guardamos bebidas e desperdiçam muita luz...
moro nesse apartamento desde que me conheço por gente... isso dá por volta de duas décadas...
meu pai possuia um desses aparelhos de som da gradiente, que não fabricam mais(nem com a mesma qualidade), instalado dentro do bar.
Os fios que saiam da região traseira deste, subiam pela parede até a região superior do bar, encontravam duas caixas de som (as protagonistas da estória) e dalí o maravilhoso som poderia inundar a casa com música.
Pois bem, encanei que queria me livrar destas caixas e fazer um pouco de dinheiro pra comprar outras coisas de meu interesse (que não fogem da musica mas transferem-me de passivo para ativo com relação a produção do som, quero comprar pele pra bateria).
A filosofia inicia-se no momento em que, após improvisar a subida no bar através de uma cadeira giratória que ofereceria risco a minha saudade da vida, caso viesse a despencar de cabeça no solo de ardósia, não sentiria apenas ardor...
a questã coimbrã reside no fato de NÍNGUEM haver limpado aquele local desde que nos mudamos para cá...
ingenuamente levei um pequeno e utópico  pano úmido com a intenta de livrar-me de anos e anos de pó... 
a camada (espessura) era de aproximadamente um dedo mínimo posto na horizontal...
---imagine---  ................
após imaginar os senhores agora recordam-se do que é feito a poeira...?!?----
poeira é basicamente restos celulares, pedaços de pessoas que passaram por alí e através do turbilhonamento do ar seus restos celulares foram parar por sobre o bar...
restos mortos de meus avós que já morreram...
restos mortos de pessoas vivas...
aquela poeira era um arquivo biológico de todas as pessoas que passaram alí durante esses vinte anos...
era também retrato da vizinhança que por ventura o vento trouxe seus restos até minha casa...
fiquei alí alguns minutos me equilibrando na cadeira giratória sujando a mão e vendo o que há de louco quando buscamos a raiz das coisas...
limpei os fios das caixas de som...
muito... muito suja...
mas o momento apesar de sujo foi interessante...
também me chamou atenção o fato de aquela massa(já havia mudado de forma) ter dificuldade ao misturar-se com água....
demonstrando ser apolar...
 tendo um teor grudento que o próprio ser humano tem...
tive um contato muito bonito com meus acestrais hoje... só não sei se terei o dinheiro que preciso...
depois eu posto as fotos das caixas, ou as peles...
ou as poeiras...

 

Um comentário:

  1. ro to rindo demais ...subiu no bancos giratorios...
    o mais engracado q do jeito q vc escreveu da pra imaginar tudinhooo....

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